domingo, 6 de setembro de 2015

ORGANIZADORES DAS OLIMPÍADAS DE TOKYO 2020 CONHECEM PROJETO OLÍMPICO DA REDE ESTADUAL DE ENSINO no CE Pedro Álvares Cabral, em Copacabana.

ORGANIZADORES DAS OLIMPÍADAS DE TOKYO CONHECEM PROJETO OLÍMPICO DA REDE

 04/09/2015 - 15:45h - Atualizado em 04/09/2015 - 15:45h
 » Fatima Rocha / Fotos: Cris Torres
Membros da Tokyo Metropolitan Government visitam unidade escolar

O Colégio Estadual Pedro Álvares Cabral, em Copacabana, recebeu, nesta quinta-feira (03/09), a visita da delegação do Tokyo Metropolitan Government (TMG). A comitiva japonesa veio ao Rio conhecer o funcionamento do programa Transforma que a Secretaria de Estado de Educação, em parceria com o Comitê Rio 2016, vem desenvolvendo nas escolas da rede estadual de ensino. O objetivo é coletar dados que poderão ser aplicados no projeto esportivo que Tokyo, sede das Olimpíadas de 2020, iniciará nas instituições de ensino dessa cidade a partir do próximo ano.
Na Seeduc, o projeto Transforma teve início em 2014, em caráter piloto, e hoje está presente em 161 unidades escolares. A proposta é fortalecer o papel do jovem como agente de transformação criando oportunidades para os alunos vivenciarem os valores olímpicos e paralímpicos, experimentarem novos esportes e engajarem-se nos Jogos de 2016.

A escola que adere ao projeto indica um coordenador pedagógico, um professor de Educação Física, dois tutores e oito estudantes, que serão os Agentes Jovens. Todos recebem formação ministrada pelo Comitê Rio 2016 e se tornam multiplicadores do programa. Hoje, a rede estadual de ensino conta com 1.932 multiplicadores.

O grupo foi recebido pelo diretor geral da escola, professor Francisco da Silva Gomes Junior, ao lado da diretora adjunta, Valéria Immediato, e assistiu a uma partida de voleibol sentado, modalidade paralímpica, que teve uma torcida muito animada. Os visitantes também foram recepcionados com encenação musical, com performances muito aplaudidas e registradas em vídeos e fotos pelos visitantes.

Após as apresentações, a delegação reuniu-se com a direção da unidade escolar e com representantes da Seeduc, Luciana Rodrigues e Cristiane Negrão, para conhecer detalhes sobre o trabalho realizado.

No C.E. Pedro Álvares Cabral, desde a implantação do Transforma, os professores tutores do projeto na escola, José Geraldo Braga e Cintia Aparecida Rodrigues, promovem atividades com os alunos baseadas nas orientações recebidas na capacitação, além dos valores olímpicos como coragem, determinação, competência, entre outros.
Para José Geraldo, de Educação Física, o programa mostra diferentes formas de trabalhar as modalidades olímpicas e abre novos caminhos para professores e alunos. Contou também que toda a escola se mostra curiosa, querendo participar de tudo.

– O vôlei sentado, por exemplo, foi uma novidade para eles. Primeiro o estranhamento, depois a aceitação. É uma das modalidades que possibilita trabalhar muitos valores. Nessa, eles entenderam e aprenderam a respeitar as dificuldades do próximo. Também serviu para mostrar que é possível superar problemas e vencer desafios -, explicou o professor.

Em julho, alunos da unidade participaram da gravação do Primeiro Programa “Transforma no Ar”, na sede do Comitê Rio 2016, na Cidade Nova, Centro do Rio. Eles tiveram oportunidade de participar de debates com os convidados atletas e medalhista, Luisa Parente e Ricardo Prado.

Segundo o diretor Francisco, a unidade está intensificando as atividades esportivas, na escola e nas areias da praia de Copacabana, com os alunos muito motivados. Neste segundo semestre, terá início a prática do rugby. Sobre a visita da delegação, o professor se disse muito orgulhoso em poder passar a experiência deles para os profissionais que realizarão as próximas Olimpíadas, em 2020.

– Os alunos ficaram radiantes em termos sido escolhidos para receber o grupo. A escola está muito motivada para os Jogos e todos querem participar. É uma experiência nova que está enriquecendo as nossas aulas que já são bem dinâmicas, por sinal -, explicou.

As alunas Letícia Tercero e Carolina da Silva, da 1ª série do Ensino Médio, são praticantes de vôlei. Para elas, conhecer essa nova versão foi uma experiência bem interessante.

– Essa opção, para quem tem dificuldade para jogar o vôlei que conhecíamos até hoje, nos mostrou também que é possível fazermos a inclusão e a integração dessas pessoas. Todos podem jogar juntos -, explicou Letícia que quer se tornar uma profissional nesse esporte.

– As regras são diferentes, mas aprendemos rápido. É muito divertido. Fiquei pensando como isso pode melhorar a confiança e dar alegria aos que têm alguma restrição para a prática de esportes. E podemos jogar todos juntos -, reforçou Carolina.

Sobre a visita, Sanata Hisachi, do TMG, contou que o grupo observou a alegria dos alunos e a integração de todos.

– Eles se mostraram muito felizes, não só na apresentação esportiva como na musical. Também destacamos a relação entre professores e alunos que parecem ter uma proximidade grande e benéfica -, disse.
E ressaltou o de fato de a escola escolher uma modalidade paralímpica para trabalhar com eles.

– A modalidade também está de acordo com essa visão de integração que percebemos na escola. O vôlei sentado possibilita a participação de todos em um mesmo esporte - concluiu Hisachi, acompanhado por Naoki Shimada, Yuki Matuskawa, Ai Aramaki e Yulo Ueda.

Sobre o Voleibol Sentado

O Voleibol Sentado surgiu em 1956, na Holanda, a partir da combinação do atletismo e do sitzball, esporte alemão sem rede, e no qual as pessoas jogavam sentadas.
A entrada do esporte nos Jogos Paralímpicos aconteceu em 1980, quando o evento foi realizado na cidade holandesa de Arnhem, apenas para os homens. As competições femininas, por sua vez, passaram a fazer parte do programa na edição de 2004, em Atenas.

Nessa modalidade competem atletas amputados, principalmente de membros inferiores, pessoas com outros tipos de deficiência locomotora (sequelas de poliomielite, por exemplo), com sequelas permanentes no joelho, quadril, tornozelo ou semelhante, e outros – neste caso, com certas amputações, paralisia cerebral, lesão medular e poliomielite. Todos os atletas jogam, com a obrigatoriedade do contato com o chão, em quadras com dimensões e altura de rede adaptadas.O esporte é um dos mais dinâmicos no programa paraolímpico.
(fonte: http://www.rio2016.com/os-jogos/esportes/paralimpicos/voleibol-sentado )

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