quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Projeto da Coppe/UFRJ com o C.E. Manuel Bandeira melhora o rendimento dos alunos na escola



13/02/14

Um projeto de inclusão realizado pela Coppe/UFRJ em parceria com a Escola Politécnica da UFRJ está abrindo novas perspectivas de vida e de carreira para jovens da Baixada Fluminense. A iniciativa, que conta com o apoio do CNPq e da Vale, melhorou o rendimento escolar e vem diminuindo a evasão de estudantes de Ensino Médio do Colégio Estadual Manuel Bandeira, situado na localidade de Santa Lúcia, em Duque de Caxias.

A iniciativa teve início de maneira informal, entre 2011 e 2012, quando o aluno de doutorado do Programa de Engenharia Mecânica da Coppe, Francisco José Vargas da Silva, professor do Colégio Estadual Manuel Bandeira, começou a trazer seus alunos para conhecerem os laboratórios da Coppe e da Poli e o ambiente universitário.

Sensível à iniciativa de Francisco Vargas e ao interesse demonstrado pelos estudantes do Ensino Médio, o professor Fernando Pereira Duda, do Programa de Engenharia Mecânica da Coppe, formalizou o projeto ao obter apoio do Edital Forma Engenharia, programa de estímulo a novas vocações lançado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) em parceria com a Vale.

Um vídeo feito com os alunos participantes do projeto mostra a mudança de comportamento dos estudantes, que melhoraram não apenas as notas no colégio, mas também sua autoestima. 
Confira aqui o vídeo.


Melhor rendimento na escola e novos horizontes

O projeto iniciou em janeiro de 2013, com recursos do edital. Quatro estudantes do Colégio Estadual Manuel Bandeira foram contemplados com bolsas de estudo e passaram a frequentar semanalmente o campus da universidade. Nos laboratórios, os jovens participam de todas as etapas de desenvolvimento de um protótipo de carro de corrida do tipo fórmula, preparado pelos alunos de graduação.

Ao ver na prática a aplicação das aulas de física e matemática que, muitas vezes pareciam sem sentido, os alunos tiveram uma visível melhoria no rendimento escolar. Uma mudança que se multiplicou a ponto de influenciar outros alunos da turma que também passaram a render mais.

- Esse projeto mostrou uma outra realidade para esses estudantes. Abriu novos horizontes e mudou a referência de suas vidas. Ao virem para a universidade, eles começaram a sonhar com outras coisas - afirmou o professor Fernando Duda, que, por experiência própria, sabe como um projeto como esses pode representar uma nova perspectiva de vida para um jovem.

Estimulado por um tio, Fernando Duda deixou, aos 13 anos de idade, a zona rural de Surubim, no interior de Pernambuco, para estudar em Recife. Começou ali uma mudança que lhe proporcionou novas oportunidades. “Ao participar de programas como esse, os estudantes passam a perceber que existe um mundo diferente e que eles podem ter acesso por intermédio da educação”, disse.

O projeto entra agora em seu segundo ano e a intenção é ampliar o número de estudantes atendidos.

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