Deverá ficar entre 7% e 7,5% o aumento salarial dos cerca de 165 mil servidores ativos, inativos e pensionistas da Secretaria estadual de Educação. A estimativa foi dada, ontem, por uma fonte ligada ao governo do estado. O projeto de lei reajustando os vencimentos do magistério e dos funcionários administrativos será enviado à Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) no próximo mês.
Se essa previsão se confirmar, a correção ficará acima do acumulado da inflação no ano passado, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), como prometeu o secretário estadual de Educação, Wilson Risolia. O mês de concessão do aumento ainda é um mistério, mas não se espera que o Poder Executivo proponha um reajuste retroativo.
Ontem, o Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe) organizou uma paralisação de advertência, que vai até amanhã. Segundo Marta Moraes, coordenadora da entidade, a adesão chegou a 40% na Baixada Fluminense e no Grande Rio. A Secretaria de Educação informou que 297 docentes faltaram ao trabalho, o correspondente a 0,3% dos cerca de 75 mil lotados no estado.
Por meio de uma nota publicada em seu site, o Sepe afirmou que o acumulado do IPCA no governo Sérgio Cabral mostra que a perda salarial da categoria passa de 20%.
O governo do estado obteve uma liminar para impedir a realização da greve. Em caso de descumprimento, o Sepe terá que pagar uma multa diária de R$ 500 mil. Marta Moraes disse, no entanto, que a paralisação está mantida, e que os advogados do sindicato estão analisando as medidas cabíveis. Está marcada para as 11h de amanhã uma assembleia do pessoal da Educação estadual no Clube Municipal (Rua Haddock Lobo 359, Tijuca), que poderá decidir pela greve por tempo indeterminado.
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