quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Piscinão de Pedra de Guaratiba faz sucesso entre os frequentadores, que fogem do calor e da poluição

A cabeleireira Vânia Lisboa e sua filha Kelley Lisboa : elas levam tudo para a piscina
A cabeleireira Vânia Lisboa e sua filha Kelley Lisboa : elas levam tudo para a piscina Foto: 
A cabeleireira Vânia Lisboa já não esquenta tanto a cabeça com "aquele calor de matar" da Zona Oeste. Aos 35 anos, ela refresca é o corpo todo na orla de Pedra de Guaratiba, onde estaciona o carro nas vagas dos quiosques e desembarca a toalha e o protetor solar. E do outro lado da rua, de frente para o mar, mergulha com a família na piscina coletiva da Green House, a casa que costuma abrir as portas, diariamente, para refrescar quem não quer morrer na praia... de tanto suar.
— Uma praia faz falta. Mas essa aí (poluída) é horrível. Venho aqui (na piscina) há muito tempo. E trago de tudo: escova, pente, creme, bronzeador. Os vizinhos até perguntam se estou indo à praia. Mas digo a verdade — conta Vânia, pegando um bronze.
E os 99 mil litros de água da piscina, de 12 metros de comprimento por 9 metros de largura, vão refrescando famílias, grupos de amigos e casais que chegam com o sol para mergulhar em 1,80 metro de profundidade. E para dançar ao som dos sucessos de alguns grupos de funk, escolhidos numa máquina de música.
— Fez sol, isso aqui fica cheio. Algumas pessoas vão à praia e depois atravessam a rua para usar o chuveiro e a piscina — conta Ricardo Francisco dos Santos, de 50 anos, responsável pela Green House, conhecida como Piscina's Bar, que funciona em uma casa verde alugada.
De peixe frito a frango à passarinho
Ricardo dos Santos abre a piscina diariamente, das 9h às 18h, em horário normal, e das 9h às 20h, no horário de verão. O preço da entrada é R$ 7. Crianças abaixo de 5 anos não pagam:
— Vim de Duque de Caxias, onde morava, para abrir a piscina aqui. É que eu frequentava a Praia da Brisa, mas não tinha onde me molhar. Na inauguração, eu trouxe até o cantor Dhema. E o povo cantou com ele: "O nome dela é Jéssica...". A piscina é limpa todo dia. Até hoje ninguém reclamou de micose — lembra Ricardo, que deixa os banhistas até com aquele gostinho de sal na boca, porque vende, na piscina, batata e peixe fritos e frango à passarinho, entre outras iguarias.
A promoter Luciana Benvinda, de 40 anos, há três desce do ônibus preparada. Moradora de Sepetiba, ela traz maçã e uvas para ela e a filha, Ester Benvinda, de 5 anos, para desfrutar na piscina.
— A Praia de Sepetiba, do Recôncavo e da Brisa estão poluídas, com lama e lodo. Pelo menos aqui não tem coliformes fecais. Se fosse em Ipanema... — brinca.
Banho de Mangueira é outra solução
O funcionário público Maximiliano Soares, de 35 anos, comemora:
— O ambiente aqui é familiar. Mas quem é solteiro também pode se dar bem. Tem muito bumbum durinho — diz.
Atento à mesa de sinuca na varanda, o pedreiro Ricardo Salles, de 31 anos, costuma correr na areia da Praia da Brisa.
— Quando o calor chega, venho aqui me refrescar. Mergulho na piscina e no copo — brinca ele, tomando uma geladinha.
Ducha no calçadão
A corrida na orla de Pedra de Guaratiba também leva a outros caminhos refrescantes. Que o diga o jogador de futebol Thiago Lima, de 23 anos. Morador de Paciência, ele procura a areia da Praia da Brisa para manter a forma.
— Aqui é um lugar tranquilo, mas de muito calor. Aí eu procuro um quiosque e peço para tomar uma ducha de chuveiro ou de mangueira. O negócio é refrescar, já que praia mesmo não tem — explica.
O dono do quiosque Point 5, José Farias, conta que muitos chuveiros instalados pela prefeitura estão quebrados há um ano.
— Durante a semana, deixo o pessoal usar a mangueira. Os chuveiros não estão funcionando.

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