Gandhi, como é conhecido o estudante da Escola Estadual Engenheiro Bernardo Sayão, na Taquara, foi buscar sua oitava medalha em Salvador, mês passado.
“Quero ser pesquisador”, traçou o geniozinho dos números. Ele sonha ingressar no Impa (Instituto de Matemática Pura e Aplicada) ou no Instituto de Tecnologia de Massachusets, nos EUA, cujos simulados ele gabarita.
Foto: Fábio Gonçalves
Daniel estuda 10 horas por dia e usa matemática até para afinar guitarra | Foto: Fábio Gonçalves
Para chegar lá ele estuda 10 horas por dia. “Quando ele estuda ninguém vê televisão aqui para não atrapalhar”, conta o pai, o professor de Matemática Fernando Rocha. “No 7º ano, ele já sabia toda a matéria do Ensino Médio”, revela Fernando, orgulhoso.
O jovem, que também é fera em física, respira matemática até quando pratica guitarra sozinho: “Eu uso um programa no computador e, com gráficos e funções, consigo afinar o instrumento”.
Ele dá dicas para quem quer vencer através dos livros: “Para passar de ano, estudar uma hora por dia e prestar atenção nas aulas é o suficiente. O importante é não decorar, porque logo depois você esquece”. E faz uma crítica ao modelo atual das escolas: “O currículo básico deveria ser complementado, fugindo da decoreba. Nas Olimpíadas, a gente aprende a pensar”.